É duro reviver os dias.
É duro acordar só pelo acto.
Um limbo embaciado,
esta transição do sonho
para uma realidade obrigatória.
Mas sorrio com o Sol.
Hoje há um sorriso lá fora
à espera que o possua.
O calor na pele,
não é vaidade procurada,
é um espaço preenchido
por esta energia boa
que me invade o quarto.
Fico a olhar um espaço vazio,
sem pensar em nada.
Gosto de ver as estrelas
que só os antípodas vêm a esta hora.
Cerrando os olhos por completo.
Com uma força controlada.
O mar faz-me falta.
Cheiro-o por inteligência,
por necessidade fictícia.
Mas cheiro-o. Na forma que o amo.
Sensorialmente, é um previlégio
usar as sensações anteriores,
gerindo a vontade imediata.
É assim que funciona a saudade.
É assim que fujo a outras coisas,
que de coisas têm pouco,
senão mesmo nada.
É duro reviver alguns dias,
mas acordar é um acto feliz.
Um passo entre o limbo e a coragem,
um abrir e fechar de olhos.
Vou domesticar o Sol,
inverter as sombras da noite,
alimentando o meu corpo
com os desejos que a Alma quer!
Hoje vai ser um bom dia!
É bom acordar!
04NOVEMBRO2014
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