Semear um pouco de vida.
Muita, mas aos poucos!
Como a noite que ilude,
Toda a superfície infinita,
Onde estrelas são flores,
Onde a Astronomia tem cor,
E eu me sinto jardineiro.
Há dores de crescimento,
Ramos partidos, dedos picados,
Beleza de rosas e cravos,
Espinhos que acordam,
E raízes que crescem, rudes,
Fortes com a vida tem de ser!
Nem quero sequer, falar
Dos invertebrados, indigestos
Como ervas daninhas,
Destruidores da criação do belo.
O que é verdade, é compatibilidade.
Não há beleza sem fábulas.
Não há ordem, sem caos.
O sentido das coisas é objectivo,
Tem de ser rude e frio, porque sim.
Os palácios são construções de sonhos.
As barracas, o mínimo possível.
É dispensável o exagero!
É recomendável o bom senso.
Eu, acrescento paixão ao vulgar.
Porque amo. Tenho os lábios secos,
Com saudades da hidratação dos teus.
A vida, realmente é tão insignificante,
Se pensar nas oportunidades perdidas.
Tem de haver uma direcção,
Um caminho consciente, além da alma.
O Oculto existe. Isso é fantástico!
A realidade é imediata,
O desafio do efémero. Sem dó!
É aqui que o crepitar da chuva,
Me emociona pela cadência da paz.
É isso que preciso! Paz!
Rumores e dissidências,
Imagens invertidas e falsas,
São o que desdenho afincadamente!
Sei lá de onde venho, ou onde vou!
Sei que estou aqui. Sou Eu.
Acho que sim.
Semeio vida por amor.
27ABRIL2015
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