Chegaram as alergias da Primavera.
Quem tem medo de uma flor?
Quem tem medo de nada?
Só a doentia perversidade é incurável.
Se do nada posso criar tudo,
Para quê ter medo da Primavera?
São os pássaros, emigrantes do mundo
Que gira incontrolável de equilíbrio.
Os surreais somos nós,
Com as ideias de mais, e mais,
E um nunca parar de mais.
Venha o pólen à vontade,
Soprem-me as aves com asas
Que ouço sem perder a noção do bem.
Que as alergias se mudem.
Que os Invernos morram mais cedo,
Até porque as tempestades são evitáveis.
Se a metáfora é rainha da poesia,
As marés são o poder da vida.
O que são as alergias frente a isto?
Talvez alegorias, porque me engano,
Porque me atrapalho com o silêncio,
E fujo, com saltos de léguas,
À maldade que abunda neste mundo.
Os ricos e os pobres, o certo e o errado,
Deuses, clamai aos Deuses certos,
Os profetas confusos da Lei,
O entendimento de todas as fés.
Quem representa quem? O quê?
Pois vos digo o que sei!
Metáforas e alegorias, são primárias
Como as alergias hipotéticas da natureza.
Sejamos Deus! Cada um, cada qual.
Porque sim, porque Deus é interior,
É o que temos dentro de nós. Juntai...
Juntai-vos em grupos, porque não?
Formem as religiões que quiserem,
Inventem os Deuses que quiserem,
Mas sejam divinos, sejam puros.
Acabem com a matança de inocentes.
Morrei vós, os assassinos. Morrei!
Porque sois vós as alergias do Mundo.
06ABRIL2015
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