sexta-feira, 24 de abril de 2015

CORRER ATRÁS





Hoje sonhei com a minha própria indiferença.
Pensei ser um atleta inato. Um "escolhido",
Como aqueles que vemos nos filmes do Olimpo.
O meu desporto não muscular. Já foi.
O músculo, é uma mega nano proporção de mim.
E assim crio estas fases de desentendimento.
O vosso, perante mim. O meu perante tudo.
Escrever isto, é como concorrer a um concurso,
Onde tudo o que nos propomos não depende da sorte,
Apenas de resultados físicos, anímicos e voluntários.
Escrevo isto, com a pele rubra. Todo o EU,
Que me faz ter estes momentos de loucura definida,
Sem remédio adequado pela sociedade que me consome.
Não me queixo da Sociedade. Faço parte do presente,
Compreendo a evolução lenta e estranha do passado,
Os abusos da ignomínia e palestras diabólicamente
Pre dispostas a eliminar a culpa ignorante e própria.
São os tempos e as leituras de épocas. Entendo!
São versões romantizadas de verdades alteradas,
Sem pensar sequer que o futuro existiria, um dia.
Assim, todo este palavreado é obsoleto.
Corro atrás de quê? Do quê? Eu sei!
Eu sei perfeitamente do que corro atrás!
Há até quem me perceba e se aproxime de mim,
Com o crédito do desconhecimento previsível.
Acho fantástico estas margens de erro inadmissíveis.
Antes que fique aqui neste sobe e desce de palavras,
O que me faz correr atrás, seja do que for,
Sou Eu! A procura da Sabedoria que eu sei,
Nunca na vida irei conseguir concretizar em pleno.
Ninguém o consegue, nem Deus!
Nem Deus! Percebem? Nem Deus!
Afirmo-o com veemência e lógica existencialista.
Nem Deus sabe onde chega o que criou.
Só sabendo, só vendo, se sabe o que é. Tudo!
Eu fico aqui descansado. Apenas cansado por culpa minha.
Estas viagens utopicamente reais, são a verdade.
Uma verdade não inatingível, mas que cada vez mais perto,
De toda a hipocrisia que o presente limpa sem retorno.
Fico aqui parado, enquanto a Alma corre atrás de tudo!



24ABRIL2015

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