Já não são as marés que inundam,
Nem o cimento armado que impede.
Não existem muralhas resistentes,
Aos labregos inteligentes, (de)mentes
Que aplicam o vírus da desobediência.
Um dos tantos que servem todos os fins.
Podem classificar por catálogo o destino.
Devem filtrar a diferença hermética
Entre o apreciável e o desejável,
Pelo simples facto que o é,
Da desilusão permanente.
Eles há os que vingam na pirâmide,
Em crescendos parabólicos, sem raios
Nem energias que os partam, ou emitam.
Talvez Nikola Tesla tenha falhado,
Sem prever a emissão do abuso, do grotesco.
Seja qual for a classificação desejável,
Difícil será, um caminho fácil e curto.
Todos os caminhos vão dar à merda,
Que grotescamente nos classifica.
Esta tendência para carimbar os Egos,
Cai num grotesco modo de pirataria.
É bonito, por galanteria da miséria,
O modelo hippie da palhaçada,
Estridente como as irresponsabilidades,
Sem ecos activos, como os ecos deviam ser.
O eco é a cópia classificável, de um qualquer
Ser, que lhe apetece elevar ao grotesco.
Nestas duas versões, podia ficar aqui
E, inventar milhares de opções
E, aplicações de tudo o que me apeteça.
Não tendes nada a ver com isso!
Se me apetecer ser grotesco, sou!
Se me apetecer classificar, faço-o!
O que me resta, são estas alturas,
Sem altitude palpável, que não a atitude
Da probabilidade do desespero inócuo.
Preciso destas quedas em vácuos vertiginosos,
Para já, não sei por onde me regulo.
O tempo, já deixou a marca de persistência,
Que só a ausência tem tendência para parar.
Sigo grosso como o grotesco surrealista,
Inclassificável pelas estrelas eruditas,
Que me condenam ao prazer do abstrato.
E adoro tudo isto! E muito mais!
Quero muito mais que tudo isto!
11ABRIL2015
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