sábado, 17 de outubro de 2015

PASSEI A SER DIFERENTE





Deixem-me!
Falar em desperdício...
Este que sobra, ou falta,
A felicidade.
Não consigo entender o Mundo.
Juro que não!
Quanto mais aprendo com as pessoas,
Menos as entendo e quase desisto!
Desperdiçar o que se procura,
É uma fórmula estranha. Sem nexo.
Talvez o seja, talvez para alguns,
Os que se queixam, cobardemente.
É triste o materialismo!
É abominável a mentira!
É adorável o realismo e, o sonho.
Onde fico eu agora?
No meio de que conceito?
Não existe. Não existe "o conceito".
Há uma fórmula surrealista,
Que não consigo decifrar,
Talvez porque sou eu.
Talvez por ter asas para voar.
O que me surpreende,
É o desrespeito interno.
A opção do desastre assumido.
Cada vez me sinto mais só,
Quando estou acompanhado.
Não sou mais que ninguém,
Não sou diferente de nada,
Mas perco-me de tudo e de todos.
Absolutamente, estou perdido.
Encontrar-me?
Não vejo porquê!?
O Homem é um bicho indefeso,
Estúpido e aberrante.
Hoje, era dia para ficar sozinho
Numa ilha perdida no tempo,
Alimentada por ar,
Quente como o gelo,
Animada como o mar.
Passei a ser diferente.


17OUTUBRO2015

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