Preparo as cores de Outono,
Como quem prevê a Beleza.
Os tons são sabidos,
Cíclicos e previstos,
E quentes, como o fim do Verão.
Se a escolha fosse minha,
A natureza era mais Outono,
Sem menosprezo de datas,
Com esta paz na Alma,
Enquanto olho as planícies.
Até os lagos e mares,
Nas suas infindas margens,
São cúmplices da harmonia.
A água, canta a sinfonia,
Enquanto escorrem frias,
Nas margens que, como eu,
Inundam um sabor diferente
A cada mudança de corrente.
Como quem nunca morre,
Por cada nascer de dia.
Prefiro a calma da cor,
Que o som da loucura,
À previsibilidade da dor,
Que não quero perder,
Que me faz recolher,
Sozinho, mas não aflito.
São as paisagens, que eu bebo,
Neste eco de silêncio,
Cheio do que é tão meu, onde
Penso ser o dono do Mundo.
19OUTUBRO2015
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