Já se me fere a inocência que perdi,
O pseudo faz de conta que amo,
Que quero ajudar os impossíveis,
Porque não tenho, porque não me chega.
São afirmações hilariantes e vazias,
Quadros com tela viva, inocupada,
Variante de alguma coisa por formar.
É a vida como a conheço nos outros,
Cheia de contradições auto infligidas,
Com o coitadinhismo inerente,
Cheio de bons momentos inexistentes,
Que se confirmam num sorriso pouco puro.
Um falso sorriso constante, não assumido
Que os acrobatas da dor usam,
Os palhaços na animação falsa,
Que só mesmo as crianças filtram.
Doi-me o qualquer dia, em que já nada
Se me acrescenta, por inexistência do nada.
Estou cada vez mais morto por dentro.
Sinto cada vez maior desilusão de mim,
Dos que como eu, respiram e fingem
Que afinal nada passa de desentendidos.
É tão falsa a existência, que me condeno
Que preciso fazer com que finde o martírio.
Faço parte dele, quero acabar com isto!
28OUTUBRO2015
Sem comentários:
Enviar um comentário