terça-feira, 10 de julho de 2012

SIMPLICIDADE



Vou-me deitar aqui... agora.
Escolho este espaco para descansar.
A cabeca que se cansa pela vida.
O corpo que nao responde ao cansaco.
A Alma que coordena o meu equilibrio.
O Ego que me isola de todo o resto.
Quero descansar... agora.
Sentir que tudo gira a minha volta,
quieto... sem um unico gesto.
Sentir energias que me envolvam,
que me reanimem a vontade natural.
Quero ouvir Bach... fechar os olhos.
Voar na magia de som que absorvo.
Pintar uma tela com a ponta dos dedos.
Pequenos tracos que uno, certos
incertos, curtos e impressionistas.
Relaxo... em corpo fausto de carne,
mas leve. Leve como o vento.
Quero abrir os olhos, olhar
 a simplicidade, que afinal existe.
Admirar-me que afinal e tao facil,
sentir-me como a folha que cai,
gozando o caos numa descida incerta.
Tocar o chao, indelevel e suave.
Sentir o cheiro a po humido salpicante,
pelas lagrimas de quem me segura.
Ao descer tao leve como agora,
finalmente descansei do mundo.
Vou-me deitar aqui... agora.
Neste espaco eleito, e descansar.

10 JULHO 2012

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