Fugir de mim ...
O panico que sinto na duvida,
com que me perco, sem saber porque.
Uma correria desenfreada,
interrompida apenas so,
quando embato em algo estranho.
Algo que nao vejo, que me para.
Um vidro... ou espelho em que me vejo,
do outro lado. Ja nao sei...
Acabo por nao entender o que sinto.
Se nao e panico, nem que seja medo,
desconfio da realidade que me incomoda.
Tenho doses concentradas de loucura,
que disperso e dispenso de forma controlada.
Por enquanto... Talvez que seja assim,
sem perceber o que se desprende de mim.
Sinto o cerebro inchar, nesta carapaca
que envolve a pressao do devaneio.
Desprendo-me de amarras que me prendem,
que amordacam as palavras que nao controlo.
Se isto nao e panico, sera o que?
Sera que perco os sentidos... aos poucos?!
Descontroladamente ainda os sinto, sim.
Mas apetece-me tanto sair por ai...
Fora do corpo que me tormenta e desassossega.
Tenho tempestade na alma...
Rodopio aqui parado... estranho,
no poco escadiado da sabedoria.
Nao entendo... Quero tudo!
Mas nao consigo encontrar a simplicidade.
Sou construido em panicos que domino.
Sou descoberto em martirios que abomino.
Sou so eu... o eu que me contenho.
Quero continuar a correr neste dito medo,
sem segredo por ocultar... e partir o vidro.
O que me trava na corrida, que nao vejo
mas sei que me vai parar.
Apesar de me definir descoordenadamente...
Ainda procuro saber quem sou...
01 JULHO 2012
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