Nao tenho as palavras necessárias
que vistam a pedra nua que fluiu
desse teu ventre polido por mim.
Os meus dedos foram senhorios
do feudo da minha felicidade.
Sentiram o calor do Sol,
a tua pele sedenta de sombra,
A minha sombra, que te cobria.
Há fogo e água escritos aqui.
Tenho o veludo das areia agrestes,
que me tocam, ao mesmo tempo
em dor e sabor inigualáveis,
pelo prazer de te ter comigo.
Há feridas que cicatrizo
a cada fechar d'olhos,
que não vejo, mas sinto!
Talvez... a ternura da sinceridade
não o seja, por isso o escrevo.
Toco-te o rosto como pétalas
caidas de um jardim inacabado.
Por sentir, por querer sentir.
Quero dormir sem que o sonho
me engane, quero-te a ti!
Se as palavras são ocas,
Se o espaco é pouco e frágil,
Não tenho as palavras necessárias.
Um só corpo e alma, cheio de tudo.
Desejos dimensionados ao que procuro,
Na disfuncionalidade do que digo,
serão sempre um ponto de chegada.
O ponto de partida, será a incógnita.
Que complicado é afinal ser tão simples.
Preciso de ser a minha sombra,
para que me possas entender.
11 JULHO 2012
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