terça-feira, 4 de março de 2014

JUNTAR AS MÃOS



Juntei as mãos.
Esfreguei os anos,
que só as rugas admiram.
Chamar de sabedoria,
até de ternura, 
ou outros nomes bonitos.
São as minhas mãos.
Os meus Invernos e infernos,
Verões de amor eterno,
desaparecido, ou renovado.
Juntar as mãos, 
abraçar e amar o mundo.
O passado é como o presente.
As rugas ásperas da idade,
são como o mel suave do desejo,
em todas as mãos da humanidade.
Mãos grandes e hediondas,
mãos ínfimas e, nasce uma vida.
São as mãos de mães, 
são as mãos de filhos,
de novos e de velhos amores,
cresce o arrojo da eternidade.
Juntei as mãos,
por teimosia e calma,
à volta do Mundo.

04MARÇO2014

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