terça-feira, 25 de março de 2014

CAIS DAS COLUNAS



Só a vista de um cais inundado por óleo matizado, com pigmentos de cores felizes, continua a convergência da felicidade que por horas, separadas, como a distância, me envolve no prazer de um objectivo. Talvez utópico, pois sim. Eu sei! Talvez apenas uma vontade de sair correndo, pelos dedos, um caminho  por sujar, cruzado, em pinceladas de aguarela, de óleo ou pastel, mas apenas e só a minha visão. O ínfimo da vontade de toda uma vida, é tal e qual um pêndolo ritmado em tique-taques certos, compulsivo mas manipulado pela vontade de atingir todos os fins. Há uma extraordinária calma em todo o processo. Há uma vontade intensa em atingir uma harmonia natural, sem compromisso, por afeição, por tudo o que reluz no meu interior. Toda a luz existe, mesmo turva de nevoeiros que passam com o calor do tempo. As colunas deste cais, corroidas em restos, seguras em nós de cordoaria fina, apertados em todas as balsas, atracadas sem vontade, mas por necessidade de segurança, foram esse porto, seguro. Foram tantas as margens que aqui se uniram. A ondulação, a calma, o cheiro, toda a visão desarmada e persistente, iluminam a cor que ainda possa faltar, neste imaginário, onde todos os "estragos" ainda proliferam uma qualquer razão de existir. Quero luz na vida, quero a paga das frustrações, compensada por por sorrisos, comunicáveis, quanto possivel. Quero existir assim, isolado, mas feliz!


25MARÇO2014

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