Falar contigo.
Todas as cores brilham,
num espelho que me cega,
neste corpo paralisado,
por um só toque de pele.
Cheirar-te.
O sal do silêncio, o desejo,
temperar um grito nos olhos.
Os lábios, mordem esta fome,
quando se abrem,
ao tacto de línguas maturas.
Devagar.
Tudo tão devagar que o tempo estranha.
Tal como o arrepio que se me entranha,
por todos os sons de luxúria incontrolada,
por cada centímetro que não beijo.
Apertar-te.
Esta boca que não controlo,
comanda toda a minha vontade.
Quero-te nua.
Quero provar-te.
Beijar-te.
Como um relógio lento,
parado no tempo.
Um outro mundo, imenso,
circunscrito a esta cama.
Não te cales.
Um adeus intemporal, esta
a distância que não me deixa.
E um beijo.
Apenas o tacto de um beijo.
E ficarei calado...
05MARÇO2014
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