Desencantam-me por martírio,
As formas penalizantes da vida.
A sofreguidão da dor.
Incansável mistério desejado,
Afunilando choros falsos,
Em barris de intenções, já
Afogados na miséria dos outros.
Servirei algo supremo,
Com o ânimo das obrigações?
Arcaico seja o exemplo
De tanta certeza inexplicável.
Rumam feixes de luz,
Em carapaças arquitetadas
Por zenites milenários,
Abençoados por todos
Os equinócios do tempo.
As linhas que me magnetizam,
Paralelas a todos os mundos,
Hemisférios, latitudes e longitudes,
São as linhas que unem os "mistérios".
Mesmo neste meu Mundo, agora térreo
Desviado por gravidade paralela,
A memória filtra-me a alma,
Muda-me as cores do Ego,
Apenas pelo sentido frágil da vida.
Esta vida, que reconheço e sinto,
Não me oferece certeza de futuro.
Outra vida, talvez ambígua e reencarnada,
Na perseguição da existência,
Talvez se resuma a um desenlace,
Que apenas prevejo diferente.
Sei que sim!
Sei que faço parte!
De Tudo e de Nada.
15NOVEMBRO2013
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