Talvez o meu corpo não sirva de nada.
Passo o tempo questionando tanta coisa.
Leio Pessoa, Ramos Rosa, Júdice ou Gedeão,
apenas fico mais desfocado pelo que sinto.
Leio tantos autores que não conheci,
mas no final do dia, depois do fim,
parecem os meus amigos de infância.
Puros e inocentes como eu, ou talvez não.
Todas as diferenças, eram para outras almas.
Só pensei no que penso sempre,
gosto de quem gosta, respeito quem respeita,
com todas as amizades por consequência.
Sei de tantas formas de tocar a felicidade.
Sei redigir uma página em tinta de limão,
oxidada pela sinceridade que só eu leio.
Neste momento, talvez me apetecesse fugir.
Fugir do mundo e das pessoas sem excepção.
Terei desfazamentos de personalidade, talvez.
Sigo toda a verdade do que sinto, não minto.
Apetece-me ficar aqui por meses seguidos.
Escrever as maiores hipócrisias possíveis,
sem ver um final premeditado. Desabafar...
Não sei o porquê mas apetece-me correr,
salpicar-me de água salgada à beira mar,
onde só as gaivotas se revoltam comigo.
Apetece-me uma ilha isolada do mundo.
Apetece-me festejar com todas as pessoas,
onde a boa intenção seja o salvoconduto.
Apetece-me apenas tudo, porque tudo faz parte.
Todas as premissas são a resolução do problema.
Todos os químicos que me podem ou não sarar,
são a base alquímica da minha pedra filosofal.
Tenho uma chama no peito, que me doi!
Tenho um fervor no sangue, que me agonia!
Talvez o corpo não me sirva de nada!
Talvez só eu e Deus nos entendamos.
14NOVEMBRO2013
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