Nunca serei eu o ódio,
Depois de todos os finais.
Vil enfermo sentimento,
Cada vez mais imenso,
Por tanta falta de tacto.
Receio tanto este poder,
Que apenas o ódio provoca.
Receio as ruinas,
Os farrapos e corpos,
Tudo que no fim resta.
Estou ansioso, confesso.
Todos os adjectivos
Receosos que encontrem,
Me assentam agora.
Um país e um mundo,
Tão estranho e imundo,
No ódio que será criado.
Pois tenho receio,
Muito receio do Homem.
Prefiro os autores,
De letras e de cores,
Que me filtram a memória.
Tenho medo de proximidades
De apelos sem vontades e,
Resultados menos práticos.
Pelo que sofre o meu país,
Tenho receio do que se diz
Do que se fala e se abusa.
Não serei eu o ódio,
De mim sei esta certeza,
Dos outros... não.
20NOVEMBRO2013
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