Todas as palavras são incompletas.
Não invento subjectividades.
Apenas são!
O bonito, o positivo, o apetecível.
Bardamérda para estes conceitos.
Chamem-me nomes. Chamem-me!
Não estou minimamente preocupado.
Desde novo, muito novo, que fujo.
Fujo a este meu mundo iluminado.
Procuro. Sim, eu sei que procuro,
todo o Iluminismo possível, mas hoje.
Digo muitas coisas, escrevo outras tantas,
com toda a inocência que me apetece.
Quando acordo, não vejo nada.
É o pandemónio personificado,
onde todos os positivismos teatrais,
me envolvem como o cheiro a café quente.
Sabe bem, sim.
Sabe bem absolutamente.
Mas a mistura, a acidez e o palato,
é tantas vezes acre demais para o meu gosto.
Sei que fica bem.
Sei que é bonito gente bonita.
E eu?
Desengonçado desdenho alguns elitismos.
Nem todos, mas o que não são,
todos os que gostavam de ser.
Todos os gestos são bonitos,
até comunismos caviares de trazer por casa.
Há idealismos que ficam bem.
Parafrenália de sapos fumadores,
que rebentam à primeira tussidela.
As palavras, são o que são.
Muitas, boas, más, horríveis,
lindas, afáveis, sonhadoras, tudo...
Tudo neste mundo nasce e morre,
tudo é incompleto!
30NOVEMBRO2013