Toca-me profundamente a emoção da palavra.
Irreverentes ou doces que sejam, toca-me...
Ao meditar no estado deste mundo tóxico,
que de humano rarefica, as palavras agem.
Escrever e ler na insignificância do espaco,
este espaco limitado de tempo, que as alimenta.
Resta-me a preocupação das atitudes,
as incompetências imparáveis do momento.
As emoções crescem desfeitas em utopia.
Palavras são palavras, emoção tem poder.
Conduzir cada página irreverente e revoltada.
Há uma revolta no ar que me intoxica a alma.
Tenho receio pelos meus e pelos outros.
A consciência, mantém-se cruel e objectiva.
Algo vai mudar por irreversibilidade, a vida.
A destruição da inteligência prolifica abnegações.
Receio! Tenho este receio emotivo do desfecho.
Os corações batem em ritmo descontrolado,
abafando aos poucos o bom senso ainda vivo.
O senso será comum, neste futuro imediato.
Para já, a emoção subjectiva das palavras,
feridas sem a cura da solidariedade, aumenta.
Serão objectivas como o caos que criam.
Dificeis de controlar depois de mortas,
um mundo novo infermo, será razão nefasta,
neste restringir de humanidade permanente.
As palavras estão feridas e moribundas,
as acções estao mesmo ai, ao virar da esquina.
A humanidade sofre como doente profunda.
Ideal seria esta cura de palavras feridas,
ficando por aqui a revolta cruel das armas,
comecando aqui a cura natural das emoções.
Tenho fé! Tenho fé no bom senso!
Tenho fé no Homem!
20 FEVEREIRO 2013
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