quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ESBOCOS & PALAVRAS



Desenhar um esboco de letras e palavras,
sorve a alma nesta escultura que cinzelo.
Todas as estatuas tem alma propria,
comeca onde termina o toque da arte.
Frases apos frases, um livro...
As folhas sao a minha pedra dura.
O desafio ao imaginar, a escultura.
A pedra nao morre, desfigura lenta
o valor imaginario que lhe deram.
Mas fica. Fica eterna e erguida,
como as palavras que saltam de dedos,
cinzeladas num mar de folhas brancas,
que a tinta mima, no toque de cada letra.
A eternidade e o denominador comum,
destas artes complementares, que vivem
na inercia da obra, no deslumbre sabio
de quem interpreta os sonhos vivos.
As estatuas ficam, tal como os livros.
Sao arte e sonho na integra, ambas
sem mestres necessarios, nem avisos.
Sera simples dizer que se sabe,
mesmo em ignorancia, um disfarce
um sorriso, e a arte nunca morre.
Nunca morre por ser arte. Renasce,
este imaginario absurdo nas formas.
Sao pedacos de mim e de todo o mundo.
Sao palavras eternas, mesmo nao lidas
que ficam, na doce paciencia da espera.
Apenas a sombra de quem as le percebe.
Deformar a intencionalidade transparente,
eleva o ego do simples mortal, ao auge.
A Beleza da vida inteligente salpica
com pequenos textos e um po eterno,
que imortaliza o esboco das palavras.
Sem arte, a vida deixa de o ser.

20 FEVEREIRO 2013



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