terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ATÉ AO PRÓXIMO ABRAÇO





Vou-me deitar.
O sorriso vai permanecer,
Apesar deste Mundo tão injusto.
Quero amar quem me ama,
Pensar e sentir um raro egoísmo,
Neste exacto momento,
Direccionado a quem faz parte
Deste meu próprio pequeno mundo.
Não quero, nem preciso retorno,
Quando sinto que faço parte.
A saudade e o amor, são efeitos
Da mais pura essência sensorial.
Amizade!
Isto não é hino nem lamecha,
Nem tão pouco, carência disfarçada.
É um momento soberbo,
Pelo orgulho de mim próprio
Na imaterial saudade do abraço.
Basta o abraço, o confessor do silêncio
Porque a visão fala, a mente entende
Sem esforço, a sincronia de um "amor"
Que o tempo oferece às pessoas certas.
Não disfarço nada, não tenho de o fazer,
Apenas sinto e, não o quero esconder.
Apenas porque a amizade é, a certeza,
Da mais pura forma de amar,
Com a mais importante entrega.
Reciprocidade!
Reciprocidade é,
A melhor de todas as provas,
Sem exigências, sem retornos obcessivos,
Apenas porque sim. Porque é ser família,
Sem ser a família convencional.
A distância!
Claro que sinto a distância.
Porque é geográfica, mas não emocional.
O abraço, o reencontro, é o silêncio
Que fala sem falar mas, sente-se!
E eu, sinto-vos como ninguém.
Mesmo que esteja longe e calado,
Amo-vos, até ao próximo abraço!


19JANEIRO2016

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