sábado, 11 de julho de 2015

SONHAR A RAZÃO





Acordar a meio da noite,
Já não é martírio nem agonia.
É cada vez mais um hábito,
Até porque acordo, não só
Por acordar, mas no meio
De um sonho demasiado activo.
Pesadelos,
Também acontecem, às vezes.
Há os que me perseguem;
Um hábito de muito jovem.
Tudo se transforma num filme.
O acordar, é como um estúdio,
O set, que me abstrai da realidade,
O focar da visão, como o zoom da câmara,
O "corta" constante, que faz e refaz,
O reorganizar da perda dos factos.
"Action", um estrangeirismo giro,
Que recomeça o enredo do sonho.
Mas tem de ser rápido!
Muito mais rápido que a fantasia, ou
Corro o perigo de perder a razão.
No fundo, pensando bem,
Não perderia muita coisa, se a perdesse.
A razão tem uma luta de morte comigo,
É o único ódio que odeio, o ter razão.
Não é chauvinismo, não é teimosia,
Mas a "in"felicidade de acertar amiúde.
Será o mal dos meus pecados,
Os que cometo por inocência,
Os que procuro por exaustão,
São a dividendo negativo da razão.
Sei lá ?!
Será que tenho razão?
Não quero pensar nisso,
Até porque depois,
Sei que sim.


11JULHO2015

Sem comentários:

Enviar um comentário