Comuniquei com um possível destino,
Quase em antecipação a um futuro "deja vu".
Eu sei que há contradições paradoxais,
Com envolvência debilitada da verdade.
É essa verdade que classifico amiúde,
Com o acesso à observação dos comportamentos.
É fantástico ver as imensas formas de sorriso.
A expressão corporal é, além da arte,
A mais fácil leitura do comportamento,
E o que me deixa mais apreensivo,
São as atitudes menos impensadas,
A previsão dos resultados fabricados,
Que nada engrandecem a alegria da vida.
Há-os sim, quando o projecto é de "dar".
Apenas temo a realidade que vai crescendo,
Como o degelo do Mundo, e o afogar da espécie.
Essa realidade é a falsidade da imagem,
É a deterioração da qualidade de vida,
O abuso cresce e aparece como erva daninha,
Sem químico que o extermine. Deixar andar...
Quando comunico assim comigo,
O monólogo que se torna diálogo íntimo,
Acaba numa discussão frustrante e frágil,
Porque me torno mais débil com a dor,
Enfraqueço com a doença que se espalha
Pelos fracos indefesos, com a cura que existe,
Com o sadismo e deterioração precoce
De todos os seres vivos, impotentes à própria vida.
Bem vistas as coisas, há antídotos suficientes.
Mal vistas as coisas, há uma desumanidade inerente.
Comunicar comigo, é esta interna e eterna ansiedade,
Que me absorve a massa cinzenta e me extingue a Alma.
09JULHO2015
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