domingo, 12 de julho de 2015

PARAR O AMOR






Tenho esta inevitável estupidez,
De te querer bem,
Sabendo eu perfeitamente,
Da indiferença que te corrói.
É como beijar uma boca dormente,
Um vulto disfarçado na sombra,
Sem sabor, e a sangue frio.
O sangue é quente,
Se a boca fosse ardente,
Já tu serias certamente,
A minha sede saciada.
Mas há, apenas nada.
Nenhuma surpresa.
Previsibilidade acumulada,
Que já não me diz nada.
O sentimento que tenho,
É de pena, um beijo seco,
Sem motivo emotivo,
Apenas, um beijo sem alma.
Neste frio desamor te sinto,
Na profundeza do orgulho,
Que te conquista a felicidade.
Falo contigo. Sim, falo contigo!
Não sei quem és, mas falo contigo.
Deixa-me matar a fome,
Começando num abraço,
Os meus olhos, têm fome dos teus,
A minha boca, sede da tua,
O meu corpo, o desejo louco do teu.
É engraçado olhar o espelho,
Ver-me reflectido, num sorriso,
E pensar que escrevo estas coisas,
Já tão perdidas como o passado.
Mas amo.
Não sei parar o amor.

12JULHO2015

Sem comentários:

Enviar um comentário