É claro que há vários riscos,
Quando a construção não tem raiz.
Há um amofinar de termos,
Onde o receio da resposta é demasiado.
Liquescer o que penso,
É asseio desmedido de alguma coisa,
Que nem quero sentir o porquê.
Há limite na espera, na paciência,
Na genealogia da vontade.
Finalmente, acumulam-se desculpas,
Tal como os políticos que, da palavra
Seguem o caminho errado. A nódoa.
Preciso de nobilidade absoluta!
As núpcias, são posteriores
A qualquer noivado, real
E de génese amorosa.
E isso não existe aqui.
Há um perturbar constante
Da simplicidade mais básica.
Falo de básica, porque é difícil.
Desassossega-me o amotinar
De todas as palavras. As que devem
Ser ditas na perua da vida vulgar.
Não apelo à vulgaridade.
É um resultado da insanidade
Abalável por acrescento de sabedoria.
E procura-se! Procura-se o que se quer,
O que se não tem, O que se não quer.
Perpassar a monotonia do silêncio,
É uma forma essencial à acção.
Agir, é a provisão da vida,
São os mantimentos da fome,
As alegrias da decadência
Que se recusa a enraizar a inércia.
Fui proémio de uma tentativa vã,
sou posfácio da realidade pura.
O meu vaticínio, não é profano,
Nem sagrado, nem mundano.
Sou Eu, como todas as coisas.
28JULHO2015