quinta-feira, 18 de junho de 2015

PARAFERNÁLIA IMEDIATA




E não é que de repente,
Apetece-me chegar aqui e,
Cantar músicas que nunca ouvi,
Ouvir sons que nunca li e,
Misturar no compasso, um sorriso.
Olhos fechados,
De frente a um espelho,
Que não vejo,
Que invento, seco, velho e,
Inconformista.
Eis a imagem do momento.
Se ouvirem bem,
Os sons são agudos,
Metais e cordas eléctricas.
Tudo cresce ao rubro do grave,
De baixos fortes,
À percussão imunda.
Uma imundice fantástica,
Um pavor agradável de euforia,
Muito barulho,
Mesmo muito barulho.
É aqui que paro!
É aqui que sofro a falta.
A calma!
Toda uma parafernália,
Onde a harmonia grita,
Por tons rarefeitos de calma.
O piano.
E vem o piano.
O violino.
E vem o violino.
E sai;
E sai tudo,
Assim,
Calmo,
Ideal e apropriado.
A mim.
Claro, que para mim.
Só eu ouço esta música,
Só eu eu a traduzo,
Em cores, por cores.
Só eu sei do que falo!
Se lerem, tentem.
Tentem ouvir a cor,
Tentem falar da harmonia,
Tentem!
Há um pouco da minha vida,
Aqui!


18JUNHO2015

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