sexta-feira, 26 de junho de 2015

JÁ NÃO SEI QUEM SOU




Sabeis uma coisa muito interna?
Não sei explicar.
Aliás, esse é o "problema"...
A arte!
Porquê eu, falar de arte?
Iletrado, não académico,
Não faço parte de "comuns eleitos"!
Mas deixai-me sujar-vos.
A sujidade da normalidade!
As telas que pinto,
Os sons que programo,
Sem nada, sem saber como,
Sem saber porquê!
Mas é bom!
É fantástico até!
É a derivação da vulgaridade.
É o acto despropositado de existir.
O como, o porquê, isso é...
Uma outra viagem.
E falo em viagens,
Porque a vida é uma viagem.
A minha viagem,
Sem destino,
Sem retorno e,
Sem saber a partida.
Apenas o Eu.
Que para mim é simples,
Mas que às vezes é tão podre.
E cheira.
E cheira a bem, como cheira a mal.
E fico.
E vou!
Saio daqui agora,
Porque ficando,
Já não sei quem sou!


26JUNHO2015

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