Quando me sinto bem,
Fujo até mim, só.
Tenho de comemorar comigo,
O que de mim tem algo que,
Possa justificar o estado de espírito,
Do regozijo e da alegria.
Somos matéria, eu sei!
Somos o que sabemos,
E o muito mais que não sabemos.
Mas somos ouro.
Somos o ouro do Universo,
Aquele que é unico,
Que não é natural do planeta,
Um metal raro, por ser o que é,
Como nós o somos.
Somos uma forma rara,
Mais que metais,
Mais que preciosidade,
Somos o Ouro Puro.
Sei dizer o que sei.
Talvez mal dito, mas digo.
Sou desmembrado de poder,
Não o quero como tal,
Apenas o que tenho, dentro
Lá bem dentro do corpo,
Onde o mal acaba e o bem começa.
Tenho só esta tristeza permanente,
Que não apago por impossibilidade,
Também ela própria, de esquecer
O mal que conspurca o precioso,
O que mata em cadência crescente,
A natural e unica forma de vida.
O Amor está a morrer,
E Eu, morro como ele.
27JUNHO2015
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