Cheguei a um estado alucinogénico,
Uma pureza de acidez adocicada.
Não por falta de amor à vida,
Ultrapassem essa questão em mim!!!
Ácido é o sentimento pelo Mundo,
Pelas pessoas (algumas), que vou conhecendo,
Pela Sabedoria que afinal ninguém possui.
Eu tento. Ó Deus se tento, aos poucos,
Esta incondicional dependência do fim.
A questão do Tempo, é o adoçante que trava
Toda esta questão, acre e doce, que sinto.
Entrego-me tanto que acabo a trair,
A minha própria personalidade.
Tenho esta fístula por tirar, sem anestesia,
Onde toda a merda (humana) se acumula.
E não falo de merda propriamente,
Falo de sentimentos que não entendo.
No fundo, lá bem no fundo, é a mesma coisa!
Este meu estado crítico, é alucinante,
Preferia uma garrafa inteira de absinto,
Uma nova coma alcoólica,
Que me levasse a ver a luz, lá ao fundo,
Naquele túnel que falam tantas vezes,
Sem o conhecer, como eu o conheço.
Pois, não só não sabem do que falam,
Apesar de existir essa luz, como lapidam
Uma jóia já repetidamente lapidada.
A isso se chama cópia, ou até utopia.
Não copiem a infelicidade induzida.
Tudo o que procuro é o estado inverso.
Só não tenho a vossa capacidade de fingir,
A cagatividade activa, a imagem passiva,
Com o sorriso, da lamúria (in)existente.
Abençoados sejais excelências do nada.
Chamem-me "o negativista", ou o que quiserem,
Aproveitem-me para vos elevardes,
A um estado que não sois.
E depois, e depois, e depois...
Morrei como eu, como morrem todos os Eus,
Porque somos mortais aos olhos da Verdade.
Crescei e multiplicai-vos. Vivei, falhados.
Sê-de o que não mostrais, o que sabeis ser,
O que sois por dentro, disfarçados.
A imundice do faz de conta, só é válida
Numa arte que representa a excentricidade.
Sereis actores de Teatro, arte nobre,
Abusada por pequenos e infinitos nadas.
Eu, este Ser indiscreto e inconformado,
Estou num Estado Inverso à vossa vulgaridade.
21JUNHO2015
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