Quando me levanto da cama,
Depois de uma noite de sonhos,
Tão estranhos, como pesadelos
Poderiam ser, abraço-me!
Abraço-me de uma forma paradoxal,
Com amor a mim mesmo,
Ou com um ódio, que sendo único,
É sempre direccionado a mim próprio!
Queria andar em frente,
Sem reticência ou duvidas de nada.
Evidentemente que é impossível,
Tanto que os sonhos, como hoje,
Têm este perfil de desabafo,
Quando uma espécie diferente,
Se me revela como "deja vu".
Não é adivinhação a vida,
Mas há parcelas da vida,
Tão estranhas como este desabafo.
Acreditar, ignorar, desafiar,
Ou apenas desdenhar,
São as hipóteses mais comuns.
Enfrentar o mistério é diferente!
Há um "je ne sais quoi" inóquo,
Que me adormece os sentidos e,
Que me faz elevar a Alma.
Como, não sei.
Porquê, não sei.
Para quê, sei ainda menos.
Mas nada acontece sem razão.
Nada de destinos, isso é desculpa,
Porque o destino criamo-lo nós.
Por isso estou farto de letargia,
De possibilidades sem resposta,
De desafios sem confronto.
E estou aqui por isso,
Para me libertar de tudo,
Para me encontrar com tantos nadas,
Pensar no que é óbvio,
Mas acima de tudo, do abstrato.
Pensar na dúvida e na falta de lógica.
Para isto e para muito mais,
Estou pronto!
29JUNHO2015