sábado, 18 de outubro de 2014

SILHUETA




Lembrei-me das sombras.
Nada a ver com o horrífico,
as simples;
as sombras simples.
Apenas as minhas sombras.
O tédio das formas.
O diagnóstico da surpresa,
a imprevisibilidade.
Todos os contornos,
as distorções de movimentos,
as formas do corpo alteradas.
Apenas silhuetas.
Porquê isto agora?
Pois é arte, se bem acho!
Arte interactiva, viva,
permanente e seguidora.
A Arte da vida,
Sem lei nem dogma.
O corpo.
A Alma.
São estas afogadilhas
de comparações dissonantes,
que, a meu ver, me completam!
Só a silhueta equivale,
à possível mistura palpável
entre corpo e Alma.
Lembra-me cavalos indomáveis,
tentativas de domesticar algo.
O algo aqui sou Eu.
A minha silhueta,
que foge sempre transfigurada
a todas as normas lógicas.
A distorção do corpo,
uma mescla de realismo e surrealismo.
Estes momentos de ócio,
são fantásticos para mim.
Sobrevivo à monotonia assim,
ao encontro entre lógicas ilógicas,
mas que se encaixam. Ou não.
Assim sou Eu,
à imagem de mim,
a minha silhueta.
Sou sombra de mim.


18OUTUBRO2014

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