Enfeitada segue a vidinha,
com pétalas roubadas à flor.
Só de si um acto cruel,
desesperada a rosa nua.
Segui a blasfémia ,
bebi do hidromel que havia,
mas não resultou.
Absolutamente nada.
Encostei o peito,
num abraço arbóreo e,
senti o coração da raiz.
Profanada a pureza?
Nem ímpio chego lá.
Sossegada foi a noite,
seguindo exausta,
a preguiça do dia.
Nem um boreal louco,
me trás de volta o espanto.
Fico delirante na auréola,
sem retenção de amor-próprio.
Espalho tudo o que tenho!
E a vidinha segue,
pé ante pé, matreira,
sorridente a cada passo.
É como cócega mágica,
por cada toque,
reviram-se os lábios.
Cheirei as pétalas,
senti-as na pele.
As rugas da árvore,
o abraço eterno.
Servido como adereço,
adornei sem adornar.
15OUTUBRO2014
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