A minha religião são os sentidos.
Penosos, arrogantes e irremediáveis.
Tudo o resto é normalidade.
A inteligência deixa um espaço.
Uma necessidade tridimensional,
Dependente e vazia de todas as opções.
A mente será sempre o meu local secreto.
As perguntas estranhas e permanentes,
toda a minha frustração existencialista.
Quem... como... porquê... para quê?
Os sentidos e as respostas. Diferentes.
Tenho a filosofia do sonho que me absorve.
Absorve tanta dialética como o ser eu mesmo.
O inexplicável existe, talvez por isso,
para que não se entenda e, a procura,
a dúvida, nunca deixe de existir.
Sinto-me um componente electrónico.
Uma de tantas funções, interligadas
por uma corrente que nunca pára.
Avaria, repara-se e continua.
É tão interessante esta necessidade.
A fé que me completa, por o não ser.
A explicação estranha que não entendo.
A minha religião não é simples,
transforma-se em tantas e tão diversas,
Numa congregação inteligente que procuro.
Porquê? Nem eu sei. Loucura não será.
Apenas razão e inteligência, conhecimento.
Aprender sempre, o tudo que fica por saber,
o nada que não sei se existe, nem onde.
Mas tudo roda coordenado. A vida e a morte.
Porquê pensar na morte? Porque não?!
Negativismo, estupidez, ou inteligência?
Uma poesia que dava um livro eterno.
Para já, enquanto vivo e penso,
a minha religião sou eu e, os sentidos.
17 JANEIRO 2013
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