Um piano... Um violino...
Uma Filarmonica... E Eu.
Respiro e vivo como musica.
Apesar de ser individuo, os sentidos
absorvem harmonia, como oxigenio.
A musica, que nao sei tocar, toco-a
inculto, aqui escrevendo no meu lugar.
Agrada-me sentir que sou um musico,
nao sou virtuoso, mas curioso no sentir,
aproveito com amor, aquilo que aqui faco.
So assim enterro bem fundo, a minha dor.
Como pianista treina pelo prazer de tocar,
horas e horas infindas, sem esforco mental,
aqui escrevo a minha musica, como ele
onde o preto e branco das minhas teclas,
sao as letras negras e vazio claro, que sujo
no papel enrugado, em consciencia tranquila.
Nunca serei compositor, menos ainda maestro,
mas o poder do amor, aplicado aquilo que gosto,
transforma a humildade escrita, em concerto
onde os musicos tocam, vibrando cordas e teclas,
nas reviravoltas das letras, ate que os dedos doam.
Nao sou assim tao humilde, porque existo... escrevo
a minha musica, que acredito so eu darei valor.
Mas fico entregue a diversidade do amor-proprio,
a todas as probabilidades com que me preencho,
conseguindo consecutivamente, atingir a felicidade.
A partilha, como o acto de uma orquestra,
desvia o egocentro da alma, que a entrega justa
aos poucos mortais que se disponham, recebam
e sintam "in loco" o sabor de me sentir feliz.
Esta e uma minha sinfonia...
Tao simples, como as palavras.
01 novembro 2012
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