sábado, 10 de novembro de 2012

CEREBRO VAZIO




O cerebro vazio, precisa de alimento.
Um passeio por uma qualquer rua,
cheia de uma mar de gente, avivando
a cada carga de ombro que faz olhar
o desconhecido. A maquina aquece,
mesmo ao pensar devagar, no desdem
do ombro que me empurrou, indiferente.
Sigo entre a calcada e os passos.
Deixo um espaco infimo, que me afasta
sem que toque completamente no chao.
So aqui e ali, sem poiso certo, apenas
preciso lembrar de vez em quando
o local onde estou, os ombros que me tocam,
aquele onde encosto a cabeca... e a diferenca.
A diferenca das coisas, das pessoas que
tantas vezes enchem a indiferenca que sinto.
O cerebro vazio, consume atento desconfiado,
toda a informacao que recebe, sem pedido
expresso ou voluntario, tudo o que se passa.
Esvazia-se mesmo por ameaca. O medo existe,
potente e indiferente, a reaccoes de outros cerebros.
O agitar do corpo, solto, empurrado pelos outros,
torna-se combustivel ecologico, mas degradante
na forma em que me faz pensar... vou acordando.
Devagar e de forma pouco elementar, mas vazio...
Cheio do espaco que alimenta o limbo adormecido,
acordando devagar, onde parei de pensar ontem.
E o mundo funciona, quando os meus ombros,
nos passos cada vez mais decididos, invertendo
todas as criticas, comecam a fustigar, empurrando
agora os outros ombros, de outros cerebros vazios.
Passo a minha indiferenca por simpatia,
desvio-me de tudo e de todos... sigo a minha vida.

10 NOVEMBRO 2012

 

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