Sei que pensar aquilo que foi ontem,
nao me torna na pessoa mais apetecivel.
O dia de hoje aniversaria a tempestade,
enrolado no meio das ondas, enormes
na mare mais morta que conheci, afoguei-me.
Afoguei-me a olhar para mim... o susto corroeu-me.
Toquei-me incredulo, na quantidade tao enorme
da escuridao que me envolveu... o panico assaltou-me.
Desejei o fim do mundo... de agora e sempre.
Entendi as escarpas gastas, nas derrocadas
que remexem milhares de anos, num segundo.
Descobi em mim, um outro eu... fraco, e como me odiei.
A fraqueza das cicatrizes, fechadas a tanto tempo,
reabriram em doenca diferente, mas presente.
Nao consegui o choro, perdi a alma por dias seguidos.
Oco de tudo e de nada, vazio como um balao.
Apenas ar... apenas respirar afogado.
Os deuses e crencas, perderam-se sem fe em nada.
Em absolutamente nada... apenas dor profunda.
Longa e sadica por cada visao da minha sombra.
Fiquei quedo, absorvido em medo sem o ter.
Descrutinar os momentos e obra do diabo.
Relembrar os tormentos e viver o passado.
Na melancolia do poema, sai o desabafo.
Sempre e so assim... sempre e so assim eu penso.
Amo porem a vida, como que por encanto.
Amo cada vez mais o final que comecou aqui.
Nada se perde na escrita, onde so assim me encontro.
Sozinho... feliz por estar sozinho, sempre serei
por mais companhia que tenha, feliz por me sentir so.
11 NOVEMBRO 2012
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