Estou de cabeca vazia.
Pensar, falar, escrever... nada.
Apetece entregar-me ao silencio.
Deixa-lo falar por mim, ouvi-lo.
As palavras sao alimento da memoria,
mesmo que poucas, mesmo ingenuas.
Oico o vento que empurra a janela.
A comunicacao dos elementos.
Nao falam comigo para que os oica.
Apenas nos falamos tanto, ate demais.
Conseguir a entrega ao silencio,
vale tanto mais, que mil palavras.
Falar demais, nao me diz nada.
Prefiro ler o que se diz,
prefiro pensar no que escrevo,
prefiro a maravilha do silencio...
Estou de cabeca vazia.
Tenho um vazio enorme de conhecimento.
Preencher este espaco, vai ser impossivel.
Por mais que tente, por mais que leia e pense,
nunca saberei o inicio e o fim.
Silencio, a melhor forma dos sons.
Quando se calam, oico... e o eco fica.
No silencio, volto a ouvir tudo de novo.
No silencio, revejo as imagens.
No silencio, gozo o brilho das sinfonias,
embalo-me pela harmonia dos sons.
Apesar de sentir a cabeca vazia,
sinto-a cheia de tanta memoria.
O silencio, torna tudo tao diferente...
Calem-se todos por momentos.
Deixem falar o silencio.
19 NOVEMBRO 2012
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