Hoje,
Tenho uma dor,
Em todas as sílabas
Que me escolheram
Como doença.
Sou a doença,
O Vírus e a cura.
Sou hoje o sim.
Tenho pétalas doentes,
Incolores e imberbes.
Perdi o veludo,
O toque da vida,
A beleza do cheiro.
Hoje,
Sou a forma,
Deformado de vida,
O pretérito imperfeito
E o complemento que
Nunca conheci.
São os verbos,
Os tais, que, me condenam.
As rimas imperfeitas,
Os sonetos inactivos,
E as prosas concretas.
Sou Eu.
Tal como tudo,
Disperso em tantos nadas.
07AGOSTO2015
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