Sabes que, enquanto te oiço,
Não são os sons que me tornam feliz.
São as variantes, escondidas,
Em todas as melodias dos corpos,
Como um pequeno gesto.
É a purificação inadvertida,
De um profanar dúbio,
Como as ideias de cada um.
O som do piano é um aparador,
Talvez de lápiz finos e afiados,
Talvez de uma madeira nobre,
Que preenche um espaço opcional.
Pensar no passado, na família,
Na nascença e crescimento lento,
Torna-se um virar de páginas,
De um álbum a preto e branco,
Retocado por afinidade e resultado,
E que me deixa nesta forma nostálgica.
Mas sabes, sabes muito bem que,
A nostalgia é importantíssima.
Não é um estado degenerado,
Mas o apuramento do futuro,
Com as interpretações do passado.
É um filme inesquecível,
Como um "Schindler's List",
Como um "LA Vita É Bella",
Um "Metrópolis", ou outro qualquer.
É preciso amá-lo! Senti-lo!
Ouvi-lo e perceber o que diz a mensagem.
Cheiram-me os corpos queimados,
As válvulas do Cinematógrafo,
Que queimam o sentido do fácil.
O fácil, nasce e cresce como tudo.
Tudo se transforma em melhoria,
Com o passar do tempo.
É esse o idealismo principal.
O Tempo que não pára, como eu,
Como todas as vontades puras,
Que não devem parar no Tempo.
02AGOSTO2015
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