domingo, 23 de agosto de 2015

A ILHA




Faz de mim,
Uma ilha.
Insularidade,
O Eu e o mar.
Uma costa longa,
Escarpada,
Sem arestas.
Uma ilha, suave e,
Onde possas adornar.
Vive-me,
Sente o amor
Em mim,
Como o vento e,
Uma fogueira na pele,
Ateada por ambos,
Até ao nascer da sede.
A água que bebes,
É minha.
Explora-me,
Em pequenos espaços.
Cheira-me,
Toca-me,
Prova-me.
Cansa-te e, deita-te
Comigo, em mim!
A tua ilha,
Acorda
O primeiro cheiro,
O primeiro paladar,
O primeiro tacto do dia.
Cheiras a madrugada.
Não fales,
Não é preciso.
Ouve o mar,
Sente a brisa e,
O grasnar das gaivotas.
Ouve
O sino da igreja.
Sabes,
O divino afinal existe.
Não partas.
Fica nesta ilha,
Sofre da boa dor,
Da saudade.
Fica comigo,
Nesta tua insularidade.



23AGOSTO2015

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