sexta-feira, 7 de agosto de 2015

FICO EU!




Posso dizer-te que,
Até as palavras incomodam.
O que poderá incomodar,
Mais que, as palavras?!
Talvez eu. Ou outros,
Ou como eu que, as escrevemos.
Poucas. Sei que são poucas,
Mas são tão poucas e quentes.
Presentes, ausentes.
Anónimas.  Paradoxos.
Nem me admito no que me falta.
Nem me demito do que tento querer.
Apenas falto. Apenas sou!
O que te amo amiga! O que te ama.
O que quero ver, e não posso.
O que quero olhar e não vejo.
O que quero, o que... O que não.
Disse-me um livro, um dia,
Que a estória é princípio.
O principesco um indício,
A razão a causa real.
E fiquei-me. Quieto...
Imune a todas as dúvidas.
Este paladar disperso,
Os versos sem números,
As sílabas inaudíveis,
As estrofes inatingíveis.
Toda uma merda por criar.
E eu crio!
Crio essa "coisa" que não gostam.
Um sorriso pobre em face rica.
Um snob sem carimbo,
Um Pedante pouco assumido.
Fica a tal estória por contar.
Um panorama mal descrito,
Uma paisagem invertida,
Uma imagem forçada.
Fico Eu.
Que seja!



07AGOSTO2015





Sem comentários:

Enviar um comentário