terça-feira, 22 de dezembro de 2015

SIMBOLISMO SECULAR





Entretenho-me aqui a voar
Onde as asas não existem
Só um pouco de vento
Que me corre por dentro
E me alimenta o sangue.
Estou revoltado com tanta coisa.
Pessoal, impessoal,
Com o Mundo e o Homem.
Natal é o que se chama
Á festa da dádiva dos Reis
Ao simbolismo secular
Onde nasce a Humanidade.
Humanidade de ser Humano.
Humanidade sem nexo
Porque existe tudo menos Nós.
Somos um desperdicio numerado
Em regulamento financeiro
Imposto por impostos e obrigações
Que perderam a noção da vida.
Há que ressarcir a falta básica!
Todos pecamos com a falta de acção
Que lamentamos mas choramos
Quietos no meio de multidões fartas
A real miséria de quem nem imagina
Que existimos e nos preocupamos.
Será mesmo que estamos preocupados?
Eu rasgo o grito com algumas palavras
Que me deixam ainda mais frustrado
Porque não me apetece parar de escrever.
Tenho vergonha de ser Homem.
Não de mim porque tento e ajudo
Apesar do pouco que vou conquistando.
Tenho vergonha da Humanidade
Essa que mais uma vez se bombardeia
Sem preocupação de inocências
Senão a desculpa colateral.
A miséria quando chega ao corpo
Começa no idealismo de quem manda.
E porquê governar não governando?
Porquê existir destruindo?
Porquê? Porquê? Porquê?
Não conheço resposta...



22DEZEMBRO2015

Sem comentários:

Enviar um comentário