Escrever é o monólogo
Silencioso e quase herético
Onde o opúsculo ainda virgem
Se suja de tinta transparente,
E eu, num curto repente,
Já não entendo se sou gente
Operoso das pequenas coisas
Nestes hieróglifos decifráveis.
Há um cenário barato e
Produzido de forma fácil,
Onde realçar o poder atuante,
De um qualquer personagem
Torna as decisões mais difíceis.
Talvez adensar o carácter
Provoque maior atenção...
Mas eu desgasto-me, estas "coisas"
Que quero tão simples
Apesar de gestos hirtos,
Me dão um tesão enorme
Para actuar sozinho!
Não sei se perturbo
Se sou perturbado,
Ou mesmo até, ignorado.
A cena não pára.
O acto muda amiúde,
O cenário fica.
E eu parto!
21DEZEMBRO2015
Sem comentários:
Enviar um comentário