Tudo me parece brutal,
Ando no apogeu da Beleza,
Sabendo eu de antemão,
Que tudo é revestimento.
Por baixo da camada rija,
Frágil e quebradiça,
Surgem as camadas originais,
Como o pensamento e a alma.
Não quero quimeras, nem luta
Já estou farto de calores perdidos,
Quando toda a energia faz falta.
Estou em fase degustativa,
De tudo e de nada que me atraia.
Os contrastes e os porquês,
Fazem parte da minha vida,
Porque não vivo de outra forma,
Que não o saber porquê.
Ou tento, pelo menos.
Coisas minhas,
Sem equilíbrio para muitos,
Estranho para outros,
Estravagante, para muitos mais.
Não é que me importe ou não,
Caro que me aborrece a indignação!
Ando com apetites diferentes,
Mais exigentes, comigo
O que me torna indiferente
Às almas frouxas.
Ou nem tanto.
Explicar para quê?!
Preciso de oxigénio,
Preciso de fogo e mar,
Preciso de combustão
Para nunca deixar que o Amor fuja.
Mesmo a sós, amo tanto!
03NOVEMBRO2015
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