terça-feira, 17 de março de 2015

LUAR




Ofereço-te o luar!

O som do riacho,
A planície calada,
O cheiro a verde,
A relva, as árvores.

As flores adormecidas,
As alfazemas, os cheiros,
Alimentos de desejo.

Nasce um poema.

Só a Lua é estranha,
Quase se entranha,
Na pele arrepiada.

Deixa...

Deixa que te ofereça
O Sol da madrugada,
O ocaso, ou o nada.

Deixa que tudo aconteça,
Devagar. Muito devagar.

Espera que anoiteça.
Sem sombras, sem luz,
A maturidade do silêncio.

Deixa...

Em qualquer lugar,
Onde te toque,
Onde te cheire,
Desde que haja luar.


16MARÇO2015

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