A referência do correcto,
a reverência do medo,
a influência dos conceitos.
Tudo tem um preço.
Preços que se pagam
com a insuficiência.
Preços tão simples de quantificar,
que não existem tabelas de impulsos.
Só o que se sente não tem preço.
Só um ou mais preços camuflados,
que o interior desqualificado gere,
ou não gere, ou não sabe gerir.
Gerir o bombear do peito,
que não tem a ver com o corpo,
mas o corpo por alguma via sente,
é o mais difícil de manter.
A paixão! Por tanta coisa,
por tantas pessoas, ou por algo irrisório.
A paixão é a lição a ser tirada,
é a sensação que tem de ser travada,
que não fuja. Que nunca fuja,
porque fugindo, ficamos pobres.
Cada vez mais pobres.
Muito mais pobres que bolsos vazios.
Não sei porque digo estas coisas,
porque me fazem andar nesta rotina,
de altos e baixos por estímulos próprios.
Aparecem e desaparecem.
Queremos e perdemos,
especialmente quando damos o que temos.
Estou apaixonado!
Estou sempre apaixonado!
Pela pedra que chuto sem querer e,
me fere a caminhada naturalmente calma.
Pelo som do riso inocente,
que me faz sorrir mecanicamente,
sem saber o porquê. É a proximidade
de uma das formas sensoriais da felicidade.
O dinheiro. Fazer contas à vida,
claro que tem um nome diferente,
uma adrenalina que se assemelha pela diferença.
Estes anos tortuosos da Humanidade,
a perda de amor simplificado,
como só o amor entende o que digo.
Fico neste projecto constante,
sem final ideal anunciado.
Sei lá eu o que é o ideal.
Sabem lá vocês o que é o ideal.
Idealismo é a fuga para a frente,
o imaginário individual que se mistura,
que cria grupos de coisas por fazer,
coisas e sentimentos que queremos sentir.
Sei lá o que é tudo isto.
Sei lá porque estou eu a escrever isto.
Sei apenas, que perco coisas por hipocrisia.
Sei apenas que cada vez menos entendo o mundo,
aquele mundo que se faz representar por pessoas.
Sei que amo. Sei que amei.
Sei que nem depois de morto,
nunca deixarei de o fazer,
porque amar, é ser Eu próprio.
Sejam felizes por opção,
façam lá esse favor!
14MARÇO2015
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