Perpetuada ferramenta da alma,
Pêndulo religiosamente guardado,
É a vida que contorna a pele.
O invólucro computarizado,
Feito de tanta água (im)pura.
Sou o corpo incerto. Uma vida.
Tenho o interno que procuro,
A essência que me apoquenta
Toda esta procura e curiosidade.
Não sou "sui generis",
Somos todos involuntáriamente.
Sou de dentro para fora,
Como nada sobrevive a nada,
Um tudo tão importante de cima,
Que me transforma no que sou,
Por renascimentos planos abaixo.
Hermético é o Universo.
Eu nada quero daqui!
Nada recebo senão inferioridade.
Sou eu o inferior, eu sei.
Sou eu o que sou, por aqui estar.
Admiro as multidões, controladas
Por uma forma não tirânica.
Apreciar comportamentos,
Como lupa de aumento de gestos.
São os interiores todos juntos,
Divididos pela maior parte.
São os valores, os temores,
Os desejos, os anseios,
A morte. Ó Deus, quem és tu?
Porque me dás a vida,
Se me garantes a morte?
Eu sei quem és!
Sei-o pela simplicidade.
Porque sou eu, o que tu és.
Porque a multidão és tu.
Porque a lupa que aumenta,
Minimiza a importância da vida.
A inteligência tortura-me.
Deixas-me a pensar a vida inteira.
Sem respostas. Sempre sem respostas.
Não sei se és sádico, ou eu masoquista.
Mas és isso, eu sou aquilo...
Somos o que somos, porque Ser
É a forma do comportamento.
Nunca saberei a resposta,
E agrada-me isso!
16MARÇO2015
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