Tenho uma lista para cumprir.
Pelo meio há muita coisa,
O final só pode ser felicidade.
Tenho a arte ao meu lado,
tão perto dos olhos que me cega.
Tenho privilégios (que procuro),
que me tiram o ar de forma cruel,
onde a crueldade é filtro e objectivo.
Gosto de objectivos. Gosto de quem
vive a vida com objectivos práticos.
Sonho muito. Não há quem sonhe
mais que eu. Mas vivo a vida.
A vida não é o sonho,
o sonho complementa a vida.
Realizo sonhos de anos,
sorrio aos sonhos actuais,
os que me lembro quando acordo.
Sorrio ainda mais pelos outros,
os que sonho acordado todos os dias.
Passo a vida a rabiscar no imaginário.
O que vejo, o que a visão me dá,
modifico sempre que posso "in loco".
Imagino, altero, modifico,
as pessoas, as obras de arte, um tudo,
que só eu entendo. Surrealizar é objectivo.
A realidade é o denominador comum,
que mantém um equilíbrio estranho,
entre o que detesto, o que amo e invento.
Por isso, perco tempo de vida aqui,
ganhando vida interior com a irreverência.
Como está o Mundo neste momento,
como está o meu país neste momento,
dá-me uma fome insaciável de gritar.
Uma vontade enorme de esbofetear
com luvas de todas as cores, a inércia
e a corrupção que afasta a felicidade.
Vejo o Mundo mais perto do fim.
Todos os dias. E isso sim, é triste.
Podem dizer que só escrevo desgraça,
que me borrifo para os que o fazem.
Quero tanto a Harmonia generalizada.
Quero tanto a Felicidade realizada.
Quero tanto. Quero tudo e,
não tenho nada!
18MARÇO2015
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