Hoje é dia de lembranças.
Até porque a nostalgia,
nem sempre presente,
tem rasgos desta fartura assumida.
Apesar de tudo rio-me da vida,
sem escánio nem hipócrisia,
apenas porque a amo, sem demasia.
Amo-a em espaços concretos,
além de um imaginário frequente,
em lugares comuns e definidos.
Não condeno a imposição de estar vivo.
Nasci por alguma razão,
talvez temporária,
talvez irreversivel,
sem saber qual a finalidade.
Por isso me lembro de todas as memórias,
acumuladas, em crescimento e maturação.
Sinceramente, quando paro e penso,
deixo de me preocupar com resultados.
Nasci, sem ser interrogado,
sem me pedirem qualquer opinião.
Quase me sinto abusado!
Voluntário, sem opção de escolha.
Toda a minha memória me atraiçoa.
Todas as conclusões são subjectivas,
mais e, mais, por cada vez mais que pense.
As lembranças são necessárias, eu sei.
Regulam a imaturidade e falta de senso.
Lembro-me de coisas boas,
de pessoas insubstituiveis e,
imensa saudade de tudo, ou quase tudo.
Toda esta vida é curta e incerta.
As lembranças e memórias,
são o depósito de combustível
que me move até que a exaustão me traia.
Apesar de toda a memória, ´
há um espaço imenso, um vazio enorme.
Lembrar-me de todas as coisas,
é escrever uma enciclopédia itinerante,
em tomos desproporcionados,
onde sinto falta de valores reais,
onde sinto a lembrança fútil,
realidade que já não sei se existe.
Amo a vida!
De todas as formas,
com todos os conteúdos
que me façam sentir feliz.
18DEZEMBRO2013
Sem comentários:
Enviar um comentário