quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O CIRCO DA VIDA




Vivo num espaço pequeno,
não micro cósmico que o é,
apenas a minha micro importância.
A desilusão abana-me a mente,
tempos a tempos já sem surpresa,
para manter o meu mundo acordado.
Há sonhos que já não procuro.
Há realidades por demais evidentes.
O que me circunda, apenas circula,
desisto da esperança? Nunca!
Toda a minha felicidade é simples.
Toda a minha felicidade tem um rumo,
além dos rumos individuais que lhe dou,
atinjo esses pontos altos, que direciono.
Limito-me à natural insignificância,
que finaliza por isso, a minha entrega.
Quando aprendo  o rumo,
torna-se tardio o retorno, já não regresso!
Poucos casos existem que tento.
Vivo neste meu pequeno espaço,
Ego e Alma que apenas eu entendo.
Sem lamúrias estúpidas, existo
com um qualquer propósito que decido.
Mas decido! Torno-me diferente,
pela rotina da minha própria história.
A desilusão, já não surpreende.
Visto-a como peça de roupa,
que troco quando amarrotada.
Peça após peça, peça após peça...
Ser feliz é inevitável, é um hábito,
que divido por pequenas fases,
por pequenas coisas diferentes,
pequenos gestos, amor insistente,
um pensamento, um sorriso,
qualquer coisa simples que sinta,
que preencha o espaço que esvazia.
Desisto de querer alguma coisa,
quando chegou a hora inevitável
de não ter mais nada para dar!
O circo da vida, sem bastidores,
traz o aparente prazer do sorriso.
Tanta mentira nas pessoas,
Uma vida de cosmética circense.

26DEZEMBRO2013

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